A Internet mudou a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos uns com os outros. No entanto, ao longo dos anos, as preocupações com a privacidade, segurança e equidade têm aumentado. A centralização de dados e serviços nas mãos de poucas empresas tem resultado em uma perda de controle dos usuários sobre suas informações e ativos digitais. É aí que entra a Web3, uma nova abordagem para a Internet que visa mudar isso.
A Web3 é uma rede descentralizada e autônoma que usa tecnologias como blockchain, criptomoedas e inteligência artificial para permitir a criação de aplicativos descentralizados. Isso significa que, em vez de seus dados e ativos estarem armazenados em servidores controlados por empresas, eles são armazenados em uma rede descentralizada de computadores, tornando-os mais seguros e imunes a interrupções. Além disso, a Web3 permite aos usuários ter o controle total sobre suas informações pessoais e financeiras, evitando o risco de vazamento de dados ou de interrupção de serviços por terceiros.
Mas, ao contrário da Web2, que é centrada em empresas e intermediários, a Web3 é centrada em seus usuários. Isso significa que os usuários podem criar e participar de aplicativos descentralizados sem ter que confiar em terceiros confiáveis. Além disso, a Web3 permite a criação de aplicativos mais inclusivos e equitativos, uma vez que não há intermediários para privilegiar certos grupos ou influenciar o resultado.
A Web3 também tem o potencial de transformar a economia digital. As criptomoedas, como o Bitcoin, são uma parte importante da Web3 e permitem aos usuários realizar transações financeiras sem a necessidade de intermediários confiáveis, como bancos. Isso pode levar a novos modelos de negócios e a uma economia mais inclusiva e acessível para todos.
No entanto, a Web3 ainda é uma tecnologia em desenvolvimento e enfrenta desafios importantes. A escalabilidade é uma preocupação crítica, uma vez que a rede descentralizada precisa ser capaz de lidar com milhões de transações por segundo
Anderson Vidal
CEO do Grupo MI, Especialista em Cibersegurança e Defesa Cibernética e Membro da ANPPD – Associação Nacional dos Profissionais de Privacidade de Dados